Neste futebol, não tem STJD, não tem dirigentes, não tem briga de torcidas, tem raça, tem garra, tem futebol de verdade, futebol de raiz!
Melhores momentos - 30/9 from Javier Cencig on Vimeo.
domingo, 22 de dezembro de 2013
O que eu vou dizer lá em casa?!
Vale a pena dar uma olhada nestes lances!! Hahahaha
Os gols perdidos e lances mais bizarros!
http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2013/12/22/gols-perdidos-penalti-em-dupla-invasao-vote-no-lance-mais-bizarro-do-ano.htm
Os gols perdidos e lances mais bizarros!
http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2013/12/22/gols-perdidos-penalti-em-dupla-invasao-vote-no-lance-mais-bizarro-do-ano.htm
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
A derrota do Atlético Mineiro e a urgência do bom senso
Embora tenha soado a surpresa, a vitória do Raja Casablanca
sobre o galo talvez tenha sido mais emblemática do que uma simples zebra. A
derrota do campeão sul-americano coroa um ano deplorável do futebol brasileiro,
cujo principal campeonato foi, para a maioria dos times, uma corrida
desenfreada para fugir da série B e não rumo a metas mais nobres. Até quase o
final do campeonato, mais da metade dos times se esforçava herculanamente para
cair e quando, por fim, foram definidas no campo as quatro equipes que mais
competência tiveram para tanto, tudo mudou graças à obscura intervenção do
tribunal desportivo. Ainda como cereja do bolo, testemunhamos o lamentável
episódio da briga generalizada na Arena Joinville. As cenas de torcedores
pisoteando a cabeça de um ser humano caído, diante dos suplicantes e inúteis
gritos dos jogadores para que os bárbaros voltassem à razão, se é que algum dia
a conheceram, completaram o desfecho mais eloquente sobre a organização do
futebol nacional. Deixando de lado os aspectos esportivos da derrota do
Atlético Mineiro, a saber, a atitude medrosa do time diante do campeão
marroquino (!), o grotesco “erro” de arbitragem ao marcar o pênalti decisivo, a
falta de ética profissional do Marcos Rocha, entre outros, é o capítulo
perfeito para a trama que este ano pré-copa nos reservou.
Em uma retrospectiva do ano futebolístico, qual seria a
porcentagem que destinaríamos a conquistas e qual porcentagem seria reservada a
jogadores de braços cruzados, torcedores de olhos inchados (de chorar ou de
apanhar), e advogados nos braços do povo, celebrando espantosas vitórias
jurídicas? Nascido na Argentina, criado no Brasil e neto de italianos, tenho o
futebol em cada célula do meu sangue, é a paixão mais inexplicável da minha
vida, que resiste a todos os ataques da racionalidade, os quais apontam
insistentemente para a falta de lisura que afeta um esporte que movimenta
tantos bilhões (de corações, reais, dólares, euros, etc.). Resiste a anos de
havelanges, teixeiras, marins, grondonas, berluscones, blatters, euricos, STJD.
Resiste às inúmeras denúncias de manipulação de resultados.
Mas a pressão da imoralidade, ou moralidade do capital, é
grande e é quase inevitável incluir na minha lista de promessas de fim de ano
não mais assistir aos jogos do campeonato brasileiro no próximo ano. Sei que
tal resolução não resistirá e ruirá ao ouvir o primeiro caloroso grito de gol
ecoando na vizinhança. Mas como toda paixão, ela precisa ser alimentada, para
não arrefecer. O movimento Bom Senso FC trouxe novamente certo brilho aos olhos
já baços de tantas pataquadas. Mais que bom senso, defende-se o bom gosto, pois
assistir aos jogos de futebol no Brasil, ricos em caneladas, cotoveladas,
pixotadas, tem sido uma missão bastante inglória. Espero como torcedor que, a
despeito da resistência de entidades poderosas como clubes e algumas emissoras,
o bom senso triunfe, e o “futebol se oriente, pois, assim dessa maneira, a
paixão não aguenta”.
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